domingo, 24 de abril de 2011

Casos mirinenses

A primeira cruz erguida em frente da Matriz, Igreja Sant’Ana de Mirim, datava de 1844. Construída com pedra retirada do rio que corre ao longo do Mirim. Contam que neste rio foi construída uma ponte, por um pedreiro chamado de mestre Henrique, no tempo em que governava o Partido Liberal, graças aos esforços empregados pelo chefe da agremiação política na localidade, o Sr. Clemente José da Silva Pacheco.

Segundo informações foi dado a essa construção o nome de “Ponte Liberal”. Por esse motivo os políticos do Partido Conservador, que eram adversários do Partido Liberal, derrubaram na noite do dia em que foi terminada a construção da ponte e do corrimão.

Extraído de “O Distrito”, Edição 08, de março de 2004.



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Elias de Morais - Grande lutador pela construção da Igreja e criação da Paróquia de Mirim. Era afilhado de Francisco Inácio Rochadel, proprietário de muitas terras e de muitos escravos. Certa ocasião um escravo de propriedade de Francisco Inácio Rochadel cometeu uma falta grave e foi pedir proteção a Elias de Morais, para livrar do castigo que receberia, que era muito rigoroso.

Elias de Morais acolheu-o em sua casa, compadecido de sua desesperadora situação, e prometeu que iria tomar a sua defesa, evitando que o escravo fosse castigado. Levou o escravo à casa de seu padrinho e lá chegando o senhor Francisco Ignácio Rochadel ordenou que o escravo fosse castigado. Foi aí que o senhor Elias de Morais disse que não permitiria que o escravo sofresse qualquer castigo e que se fosse açoitá-lo, que os açoites fossem aplicados nele, em Elias, e não no escravo. Disse ainda que tinha se comprometido a não deixar o escravo sofrer castigo tendo em vista a confiança que ele tinha depositado em sua pessoa pedindo-lhe socorro.

O proprietário do escravo disse, então, que não seria o mesmo castigo graças a intervenção e o pedido feito por Elias de Morais. Este fato mostra o caráter bondoso e humano de Elias de Morais.

O caso acima foi relatado pelo senhor Pedro José Floriano, no dia 19 de fevereiro de 1985, uma terça-feira de carnaval, no jardim da Praça de Mirim, que ouviu de seu avô, o senhor Manoel Floriano Mendonça.
                              


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